Retrato da cidade


A cidade acorda, e ao longe o sol começa a dar sinais de vida.
Os bebês já começam a ser amamentados, as crianças despertam, os adolescentes continuam dormindo e os adultos estão se arrumando para ir aos seus trabalhos.
Repleta de arranha-céus, todos eles coloridos de alguma forma: são pichações, grafites e alguns com suas magníficas obras de arte.
Saio cedo , inicio a caminhada rodeada de árvores frutíferas ou não, os pássaros já cantam
há muito tempo.
Nas voltas que dou, avisto pessoas calmas, apressadas; algumas com semblantes suaves, porém outras totalmente fechadas.
Termino com passos um tanto acelerados, pois hoje caminhei por demais.
Respiro fundo , organizo os afazeres diários e prontifico-me a ir ao trabalho, como sempre toda animada.
Pego o ônibus diariamente às 6h e fico observando todas as paisagens através das janelas.
Vejo pessoas maltrapilhas: umas ao relento e outras na entrada de algum prédio que se encontra fechado.
Há uma fila grande , onde aguardam seus café da manhã; são de todas as idades e saem debaixo de seus papelões ou cobertores envelhecidos e rasgados.
De uma em uma hora, o sino da igreja toca.
Pessoas descem dos ônibus, outras saem do Metrô Sé e se embaralham como se fossem cartas...




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